Catedral de Nossa Senhora da Luz

Catedral Nossa Senhora da Luz ou Catedral de Guarabira, geralmente chamada apenas de Catedral da Luz, é a catedral da Diocese de Guarabira e a sé episcopal oficial do Bispo Diocesano de Guarabira. É sede da Paróquia Nossa Senhora da Luz, situada na praça Nossa Senhora da Luz, no centro do município de Guarabira.

Classificada pela IPHAEP como Patrimônio Histórico do Estado da Paraíba, a Catedral da Luz é o principal templo da Diocese de Guarabira e a mais importante entre as igrejas do bispado do brejo paraibano. Sua construção recebeu inúmeras modificações ao longo das últimas décadas. Por ser um importante local de peregrinação que polariza a fé dos católicos de várias cidades do entorno, foi elevada à dignidade de Catedral no dia 11 de outubro de 1980.

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A primeira menção de uma capela situada na cidade de Guarabira data de 15 de maio de 1730, construída pelo padre João Milanês sob o patrocínio de Nossa Senhora da Conceição. Conforme testemunho de muitos historiadores locais, a substituição da padroeira do vilarejo dá-se por ocasião da chegada de José Rodrigues da Costa, natural de Beiriz, que traz consigo uma imagem de Nossa Senhora da Luz, a qual, depois de 1755, passou a ser a padroeira do povoado e, posteriormente, da paróquia.

De acordo com o testemunho do Monsenhor Emiliano de Cristo, em 01 de novembro de 1755, com o grande terremoto de Lisboa que destruiu a cidade e matou mais de 10.000 pessoas, José Rodrigues Gonçalves da Costa afirmou junto a Nossa Senhora da Luz, padroeira de sua terra Beiriz, que mudaria de Portugal para onde não houvesse tremor de terra. Assim fez, cumprindo sua promessa, escolhendo Guarabira.

A capelinha de 1730 estava localizada onde atualmente encontra-se a igreja de Nossa Senhora da Luz. Entretanto, como faz saber Coriolano de Medeiros, foi erguida outra capela em 1755 por Costa Beiriz, destinada originalmente a abrigar a Imagem de Nossa Senhora da Luz, localizada provavelmente nas imediações da propriedade do português. A presente informação faz pensar que as duas capelas coexistiram por um indeterminado número de anos, sendo, a devoção a Nossa Senhora da Luz difundida com maior intensidade, ganhando a preferência dos habitantes e, com o passar dos anos, naturalmente, consolidou-se a supressão da primitiva devoção a Nossa Senhora da Conceição.

Sobre as estruturas, sabe-se que “[…] o tempo destruiu a ermida de Nossa Senhora da Luz de 1755 e conservou a de Nossa Senhora da Conceição de 1730, de forma que, quando 107 anos depois desta última data, em 1837, criou-se a freguesia de Guarabira, a Matriz passou a ser a primitiva capela de Nossa Senhora da Conceição”.

É difícil imaginar que a pequena capela de 1730 tenha chegado a meados do século XIX sem nenhuma alteração em sua estrutura e tamanho. É provável que essa capela tenha sofrido pequenas modificações, graças ao aumento da população e ao enriquecimento do lugarejo. Por ocasião da elevação à matriz, em 1837, a igreja, que possuía uma estrutura pequena e tímida, recebeu importantes mudanças.

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